Razão e sensibilidade de Jane Austen é mais um de seus livros bem elaborados e cheio de dramas, duas irmãs completamente distintas, ambas apaixonadas, mas seguindo uma pela sua razão e a outra pelo seus sentimentos. Enquanto, Elinor é cautelosa e controlada, pensando antes de falar, mantendo-se refinada em seus sentimentos, assim como em seus desejos até mesmo nos momentos em que devia perder seu controle, ela mantém sua postura usando completamente de sua razão não deixando suas emoções a dominarem.

Marianne por outro lado, além demonstrar abertamente seus sentimentos e completamente guiada por todas as suas emoções, ela deixa raiva, ódio, ternura, amor serem governantes de seus pensamentos, assim como de suas atitudes. Ela se deixa levar por pequenos sinais de paixão de seu amante, sem ao menos pensar se ele realmente sente da mesma forma o que ela está sentido, sendo guiada únicamente pelos seus sentimentos pelo coração.

É após a morte de Henry Dashwood, que Elinor e Marianne  veem-se empobrecidas e obrigadas a trocar sua confortável mansão por um pequeno chalé em Barton Park. Enquanto, Elinor compreende a situação em que está, sabendo ser controlada na situação de desfavorecimento sua irmã Elinor vive a reclamar de sua situação vendo prazeres daqueles que têm mais do que ela no momento. Enquanto uma decide utilizar-se de seu juízo a outra decide ser tomada pelas suas emoções, Jane Austen mostra para todos nós como a razão deve ser mantida muito mais próxima de nós do que sermos guiados pelo nosso tão enganoso coração.

Você se angana Elionor - disse ela, acaloradamente - ao supor que conheço pouco Willoughby. Realmente, não o conheço há muito tempo, mas estou muito mais familiarizada com ele do que com qualquer outra criatura do mundo, exceto você e mamãe. Não é o tempo ou a oportunidade que determinam a intimidade, e sim somente a disposição. Sete anos seriam insuficientes para fazer com que algumas pessoas conhecessem outras, e sete dias são mais do que o suficientes para outros.

 Nessa obra prima de Jane Austen apresenta duas irmãs vivendo um romance cheio de dramas em que cada a das personagem age conforme seus princípios e valores. Mariane é apaixonada, Elinor é cautelosa, neste livro o leitor entenderá que às vezes um pouco de zelo pelo amor de outro vale mais a pena do que se entregar a alguém que conheceu a pouco tempo sem saber se seus sentimentos são realmente o que estão sendo demonstrados. 

- Sim, não, nunca de forma absoluta. Ficou implícito a cada dia, mas nunca foi abertamente declarado. Algumas vezes, pensei que havia sido, mas nunca foi. - E ainda assim escreveu para ele? - Sim - seria errado, depois de tudo o que se passou? Mas não consigo falar sobre isso.

Se quer uma leitura leve com poucos dramas, paixões, este livro não é para você. Entretanto, se busca um romance cheio de intrigas, uma irmã completamente louca, energética, apaixonada e que comete todos os delírios possíveis, enquanto a sua irmã mais cautelosa mantém o controle mesmo quando seu amado, aquele que ela tanto deseja está longe e ainda noivo, ela mantém a descrição, assim como também tenta salvar sua irmã de sua própria ruína, este livro é para você.

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Os dois personagens masculinos da saga crepúsculo que brigam pela mão de Isabella são também alvos das adolescentes que disputam qual dos dois seriam o personagem escolhidos por elas. É evidente que os dois apresentam características diferentes, personalidades opostas, pode-se perceber que Jacob seria a representatividade do homem atual, enquanto Edward a figura do homem do passado, conservador e cavaleiro.

Pensando particularmente em Edward Cullen, logo, temos uma visão de um Deus Grego com cor dos olhos claros, a pele branca, o porte masculino bem definido. Além das características físicas bem feitas do personagem, ainda temos outras qualidades do personagem, o comportamento, as falas de um homem da época de Shearkesper, a maturidade, assim como o cavalheirismo diante de uma mulher, no caso Bella, temos o homem ideal e perfeito.

"- Você é impossível- disse ele, e riu uma vez. Um riso severo e frustrado- Como posso explicar de modo que acredite em mim? Você não está dormindo e não está morta. Estou aqui e eu amo você. Sempre amei você e sempre amarei. Fiquei pensando em você, vendo seu rosto em minha mente, durante cada segundo que me ausentei. Quando lhe disse que não a queria, foi o tipo mais atroz de blasfêmia" (MEYER, Lua nova,  2008)

Quando partimos para o Jacob temos uma visão humana de um homem comum, antes de ser lobo, assim como depois, o personagem demonstra a sua imaturidade de adolescente. Jacob torna-se na narrativa a vida comum de Bella conhecendo um homem, normal, com defeitos e falhas, capaz de cometer delitos, assim como vingança, sentir ódio. As próprias falas do personagem acompanham a sua idade, a dificuldade se expressar para Bella, apresentando está humanização e defeitos.

"-Tem razão- concordou, e respirou fundo. - Droga. Bom.. Eu..., eu peço desculpas, Bella." (MEYER, Lua Nova, 2008)

Além da diferença de personalidades e atitudes de ambos ainda existe o fato financeiro. Edward Cullen é rico a quantidade de riqueza por vezes deixava a protagonista com um certo receio de ganhar qualquer coisas que venha de Edward. Já Jacob, assim como Bella, ambos eram de classe média, ou seja, viviam bem, porém não podiam exagerar em suas compras. Pode se pensar que a escolha de Bella de todos os jeitos foi uma escolha pela opção mais confortável para ela, a  vida de vampira eterna, não envelhecendo, assim como uma vida  de riqueza que jamais teria com Jacob.

Por fim, os dois personagens refletem a passagem de tempo  Edward seria o conservador do século XIX agindo de forma cavaleira com sexo oposto em que jamais roubaria um beijo de uma dama. Enquanto Jacob seria o homem atual do século XI, daqueles não muitos românticos mais de certa forma dispostos a darem o que for necessário para agradar quem ama. Essa dualidade entre épocas distintas, apenas deixa claro a qual perfil de homem  que as mulheres preferem. Qual seria a seu preferência?

Referências:

MEYER, Stephenie. Lua Nova. Trad. Ryta Magalhães Vinagre. 2. ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2008.