Charlotte Brontë em sua escrita é excepcional em cada linha de suas histórias, por este motivo venho apresentar a minha leitura de Janeiro, sim, mas um clássico. Tenho que admitir que esta leitura não prendeu a minha atenção tanto quanto o primeiro livro que folheei de Charlotte "Jane Arye", aliás já tem resenha dele no blogger. A leitura é muito lenta, temos pequenas reviravoltas, mas o protagonista é muito apático. Não posso dizer que me apeguei ao protagonista William, talvez pelo fato da história ser contada na visão de um homem, mas muitas de suas atitudes lentas e pouco corajosas não me eram agradáveis.
William é um órfão inglês criado por três tios aristocratas, William rejeita trabalhar de clérigo para exercer uma profissão na fábrica de seu irmão, mas é constantemente humilhado no trabalho, então um estranho aparece em sua vida o fazendo mudar o rumo de sua história. Ele vai embora para Bruxelas trabalhar como Professor, é nessa escola que irá conhecer duas mulheres, ambas com personalidades bem distintas, ambas que mexeram um pouco com seu coração.
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Há metal ali, disse a mim mesmo enquanto a contemplava. Poderia amá-la se também houvesse fogo, um ardor vital que a fizesse o ferro arder em brasa.
Charlotte constrói seus personagens cheios de defeitos, qualidades, virtudes e vícios, e em duas personagens ela deixa essas características bem nítidas. Duas mulheres completamente de posições sociais dissemelhantes, assim como uma amostra do caráter de uma natureza perversa e a outra angelical.
Esperava muito do livro, tendo em vista que amei Jane Eyre, mas são histórias bem distintas, então para aqueles que amaram o primeiro livro que indiquei, lembre-se que este tem uma pegada bem diferente. Entretanto, isto não significa que a história é ruim, pelo contrário é muito boa, bem elaborada como esperado de Charlotte Brontë ela consegue criar seus personagens bem detalhados com mistérios escondidos que nem conseguimos imaginar quais são. A evolução do professor ao longo da narrativa é nítida antes um sujeito passivo tornando-se um sujeito mais ativo com sua personalidade bem mais corajosa, por este motivo não pude deixar a história de lado.
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